sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pare de Encher!


Pare de Encher - Lenine

Pare de querer que eu vá, já que você não vem
 Pare de pedir que eu dê o que você já tem
 Pare de querer mudar o que transcorre bem
 Pare de falar de mim
 Pare de espetar, de se meter, de dissecar

Pare de encher!
 Pare de encher!

Pare de pensar que eu sou a sua criação
 Pare de me espionar à cada ligação
 Pare de achar que amor é só competição
 Pare de zombar de mim
 Pare de zoar, se emborrecer, me censurar

Pare de encher!
 Pare de encher!
 Pare de encher!
 Pare de encher!

Pare de dizer "adeus" na hora do "alô"
 Pare de se exibir na hora do meu show
 Pare de mudar o filme de mal começou
 Pare de abusar de mim
 Pare de escrachar, de se conter, de se queixar

Pare de encher!
 Pare de encher!
 Pare de encher!
 Pare de encher!
 Pare de encher!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A volta da música à minha vida

Minha história com a música é turbulenta, assim como meus relacionamentos mais íntimos e desejados.

O gosto musical foi plantado em mim: mamãe me ninava ao som de Chopin; durante minha infância, cansei de dormir escutando Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó, entre outros sertanejos, que minha mãe fazia questão de deixar tocando baixinho para dormir; ainda durante a infância, tive um contato mais ou menos intenso com a MPB.

O gosto musical foi cultivado em mim: me lembro de me "meter a cantar" desde meus oito ou nove anos, todos achvam uma graça, todos queriam ouvir; aos onze anos comecei a ter aulas de canto, acompanhadas das aulas de teoria musical, e logo já fazia parte do coral do conservatório, do coral da escola onde estudava, e queria estudar piano e passava tardes inteiras no conservatório treinando escalas no piano, enchendo o saco dos professores e de alunos de piano para me ensinarem algo.

Meu gosto musical, foi, aos poucos, sendo censurado pelo ambiente: eu não podia ter aulas de piano - a aula de canto ja esgotava o orçamento -, e, quando eu tinha 13 anos, minha mãe não podia mais pagar a aula de canto. Eu já era uma criança sensível demais ao ambiente. Este abrupto afastamento da unica coisa que me fazia feliz na vida (eu chegava da escola e ia para o conservatório, mesmo nos dias em que não tinha aula de música) não foi sentido por mim de forma amigável. Eu deveria entender? Eu não acho que eu tinha esta obrigação. Mesmo assim, eu entendi.

Mas, aos poucos, fui me tornando retraída e inativa, com relação à música, em um movimento no sentido de evitar o sofrimento que o afastamento de minhas atividades me causou. Muitas vezes, eu chorei escondida no banheiro ao ver as bandas que tocam em reuniões, formaturas e festas de casamentos. Por mais que eu pudesse buscar um meio de prosseguir com meus estudos musicais, e realmente me senti culpada durante muito tempo por não ter feito isso, hoje, compreendo que havia uma força maior que me segurava, um sofrimento latente, que não quis se deixar ser sentido, e foi me afastando cada vez mais da música.

Por algumas vezes, pensei em tentar o processo seletivo da Escola Tom Jobim. Por outras, em me inscrever para entrar em algum coral. O sofrimento realmente me barrou demais!

Eu perdi o contato. Não busquei ampliar meus horizontes - meu repertório musical, hoje, é minimamente mais extenso do que o que eu tinha há 10 anos atrás. Não sinto mais tanto gosto com a música. Ou melhor, não sentia.

De repente, compreendi  - não completamente ainda, mas de forma um tanto parcial - o movimento que fiz e o sofrimento, o receio da frustração. Isto liberta, sabem? É como se fosse aberta uma porta para eu entrar em contato com a única coisa que ainda restava de original em mim na época em que eu não sabia que era tão infeliz. Coincidência ou não, meus sintomas começaram a aparecer, de fato, de forma a eu mesma percebê-los, após o rompimento com a música.

Quando falo que era o que ainda restava de original em mim, quero dizer que era uma aspiração minha, algo realmente meu, um sinal do meu 'eu' verdadeiro.

Com isto, resolvi fazer da música um instrumento do meu desenvolvimento.

Nos métodos de estudo, eu posso aprender a ter foco. No contato com a música, eu posso me deixar ser eu mesma, original e essencialmente.

Eu bato nesta tecla: nós nunca vamos conseguir sair deste ciclo de angústia, raiva e insegurança, se não nos permitirmos um contato com o que há de mais verdadeiro e essencial em nós, a fim de estabelecer uma relação sadia conosco mesmos, fazer se sentir querida, bem-vinda e protegida a nossa criança interior, para que ela entre em contato com o mundo de forma segura e possa crescer, e possamos "atualizar", como dizem os profissionais que cuidam de mim, os nossos sentimentos, já que eles ficaram presos em algum lugar de nossas infâncias.

Voltando à musica, ontem, decidi voltar a estudá-la. Eu não tenho dinheiro? Foda-se! Eu tenho a minha vontade, a minha capacidade, a internet (rs) e, ainda, para ajudar, já fui introduzida no mundo musical prático e teórico. Será que eu realmente preciso de dinheiro para voltar a estudar música?

Conversei com minha tia, e ela vai me emprestar o violão. Eu queria aprender algum instrumento, e gosto deste. Violão é versátil e acessível, além de eu achar o estudo do violão algo bastante agradável, e de eu morrer de vontade de não depender dos outros para fazer minhas "cantarolias" por aí!

Além de conseguir um violão, também baixei alguns programas que me ajudarão com meus estudos (programas de partituras e um teclado virtual), garimpei um material 'chuchu-beleza' para meus estudos em técnica vocal, violão e teoria musical, estou organizando meu roteiro de estudos, e também comecei a pesquisar livros de história da música, teoria musical, aspectos fisiológicos e físicos da música, entre outros temas afins .

Farei meus estudos da seguinte maneira: semanalmente, sempre nos mesmos dias, e horários, inclusive, tomarei uma nova lição de técnica vocal, assim como uma nova lição de violão e de teoria musical, que estudarei e praticarei ao longo dos dias que se passam até que chegue o dia de aprender uma nova lição. Também organizarei uma forma de apreciação musical, mas ainda não sei como, porque sou extremamente metódica e não desenvolvi tal método. Acredito que comunidades sobre música, blogs e os livros de história da música me ajudarão nesta questão.

Com relação aos livros, estou fazendo uma lista com todos os títulos disponíveis sobre o tema, lista sobre a qual me basearei para escolher os livros que entrarão no meu roteiro de estudos.

Já que não tenho um professor, tenho que desempenhar este papel da maneira que posso, e a maneira que posso é pesquisando bastante e fazendo um roteiro de estudos. E seguindo este roteiro, como boa aluna, claro. =)

Meu objetivo é desenvolver a habilidade de manter o foco, a disciplina e a persistência, através do engajamento em fazer algo que me traz prazer e satisfação, já que sou o que chamamos de "borderline de baixo funcionamento".

A princípio, admito que estou motivada e otimista com esta questão da minha volta aos estudos musicais.

Os manterei atualizados no decorrer desta minha jornada.

Um abraço a todos, e um beijinho de esquimó nos mais saídos.

Desenho, pintura, isolamento social e crianças macabras

Hoje, eu quero falar, aqui, de desenho e pintura. Não tecnicamente, obviamente (risos).

Lembro-me que eu tinha um caderno de desenho, que eu rabiscava para me expressar. Este caderno não existe mais. Perdi em um acidente destes da vida, onde fazemos coisas idiotas e sofremos as conseqüências. Mas não é disto que quero falar.

Dentre os desenhos contidos naquele caderno, havia uma espécie de auto-retrato, que era um desenho mal feito e mal pintado dos meus braços cortados e sangrando. Havia outro, onde uma figura humana abstrata carregava o mundo nas costas e, em volta, haviam manchas pretas, como se a realidade estivesse sumindo. Outro, ainda, era uma moça que flutuava, de olhos fechados, seus braços e pernas terminavam pontiagudos, sem mãos e pés, e em volta dela havia uma energia em faixas, lilás, amarelo e verde água. O outro era o rosto de uma mulher gritando, congelada (havia o desenho do gelo), como se tivesse congelado no momento em que gritava, e assim permaneceu. Em outra folha, desenhei uma rosa congelada.

Não me lembro, neste momento, dos outros desenhos.

Eu gosto de desenho, mas não sei desenhar. E gosto de pintar, mas não sei pintar. Eu pretendo aprender, e já dou minhas rabiscadas, porque é gostoso e não tem nada de mal em desenhar sem saber, é só que eu quero fazer isto com mais liberdade e a técina traz isto.

Eu não conheço a história da arte e as obras dos grandes artistas. Eu passei os últimos 21 anos dentro de uma bolha. Não conheci música, arte, não soube do que se passa no cotidiano, no mundo, não desenvolvi relações íntimas com as pessoas ou com as situações que eu vivia. Muitas vezes, eu até não fazia idéia de que dia do mês era, outras, não sabia em que dia da semana estávamos, e toda vez que chega um feriado eu só descubro quando percebo que está todo mundo em casa. Eu já cheguei a esquecer meu próprio aniversário - que, por acaso, é amanhã - por mais de uma vez.

Mas estou entrando em contato comigo, aos poucos, e com minhas aspirações, minha essência.

Sempre gostei de ir a museus e exposições e tenho vontade de conhecer a história da arte, observar as obras. Entender a história ainda não me fascina, mas ter um contato mais íntimo com este universo é algo que eu desejo.

Acho que vou procurar livros sobre isto. Sei que acabei de dizer que a história da arte não me fascina, mas através dela obterei um rumo para conhecer o que realmente quero

Também andei olhando desenhos na internet, e encontrei duas artistas que me encantaram. Uma é a Adriana Ramalho. Encontrei o portifólio dela há algumas semanas, quando pesquisava desenhos em pastel oleoso.

Este é um desenho dela. Gosto muito.


Outra, é a Kika Goldstein. Encontrei hoje, quando procurava o site da Adriana.


Gosto destas visões que misturam o abstrato com o concreto, elas retratam como é, de fato, o sentir da gente, e "da gente" significa todo mundo. O normal é sentir desta maneira, internalizando a coisa, tornando-a particular, com um aspecto único, cheio do que há dentro de nós. Nada contra o realismo, ele tem seu valor e seu lugar. Neste aspecto, eu, particularmente, prefiro as pinturas feita com tinta, observar as pinceladas que o pintor juntou, uma a uma, para formar um todo e retratar fielmente o que ele via.

Estou pensando em mostrar a vocês alguns dos meus rabiscos. Querem ver? Não são técnicos, mas foram pintados pela minha alma, e fizeram um bem lascado a ela também.

Este é o primeiro que eu pintei, quando minha amiga, Bruna, me convidou para desenhar com ela. Aliás, agradeço a ela por ter me posto denovo em contato com este meu lado, foi algo muito importante!


Já, este, eu fiz depois de comprar meu próprio material, e eu até o postei no outro blog.


Ai, isso é tão legal!

O pior é que tem vários desenhos sem pintar alí na minha pasta.

No material que tenho, tem tinta acrílica, lápis, borracha, apontador, blocos de papel canson, pincéis, pastel oleoso (falar "pastel oleoso" parece chique, né, =P), esfuminho, paletinhas, godet, e uma pasta, onde guardo os desenhos. Quero comprar telas. Deve ser muito gostoso pintá-las!

Acho que vou abrir uma campanha "Ajude a Hamires a se tornar uma artista". Se 310 pessoas me doarem, cada uma, 50 centavos, eu já poderei pagar um mês de aulas de desenho artístico!

Hehe. É brincadeira. Não vou fazer isso, não. Que patético.

Então, e este é um desenho que eu idealizei quando estava na sala, e vi o reflexo do relógio no vidro da televisão desligada. A princípio, seria somento o relogio, com esse fundo cinza, mas eu comecei a devanear, e quando eu devaneio, já viu!


Nossa! Este desenho, com essas fibras viscerais, me lembrou que, esta noite, antes de dormir - quando eu estava tentando dormir, na verdade -, ficaram me assombrando imagens, dentro da minha cabeça, de uns rostos de crianças, e era assustador, um tanto sanguinolento. Elam sorriam, com cara de quem aprontou. Daí, me lembrei que hoje é dia de Cosme e Damião. Sinistro, isso.

Mas, voltando, estes são os desenhos. Não os bombardearei mais com eles - pelo menos, não neste post.

Ah, essa coisa toda de pintura e desenho e artistas e contato com o mundo das artes me lembrou que, quando eu estava na sexta ou na sétima série do ensino fundamental, não me lembro ao certo, nós fomos ver a exposição das obras de Picasso, na Oca, e tínhamos um trabalho de artes para fazer sobre esta visita. O solicitado foi que escolhêssemos uma das obras que estavam lá e a reproduzíssemos, com nossa própria visão.

Hoje, entendo que é porque era isto o que Picasso fazia, mas, na época, não me apercebi disto.

Bem, o fato é que eu escolhi, de propósito, um dos desenhos mais simples - justamente porque eu não entendia bem o que era para fazer - como os desenhos de Picasso que estão logo abaixo, mas não era nenhum desses - eu acho. Não me lembro qual era. Eu revirei as obras de Picasso na internet, para tentar reconhecer o desenho que eu havia escolhido, mas não reconheci.



O fato é que eu até hoje não entendi por quê eu fui a única que tirou nota 10. Eu só tentei fazer o desenho o mais parecido possível. Onde está a minha interpretação nisso? Vai entender...

Bem, deixa eu ficar por aqui, porque já falei demais.

Um tchauzinho cheio de gracejos.

Esclarecendo dúvidas sobre o caderninho

Aqui, esclarecerei algumas dúvidas com relação à idéia de ter um caderninho como o que eu relatei neste post aqui.

O caderninho é um diário?

Não exatamente, mas ele pode ser um diário se você quiser se ele seja. Ele é o que você quiser. Claro que ele não pode ser um ornitorrinco, mas você pode colar a foto de um ornitorrinco na capa, se isto te fizer feliz.

O que escrever no caderninho?

Pra começar, você não tem que, necessariamente, apenas escrever nele. Para tentar deixar esta questão clara, farei uma breve lista de sugestões do que você pode colocar nele, outra do que você não deve fazer com ele e, em seguida, transcreverei algumas passagens do meu caderninho.

Sugestões de o que colocar no caderninho:

- Quando você quer xingar alguém, ou bater em alguém, você pode escrever no caderninho o quanto filha da puta esta pessoa é, devanear sobre o que gostaria de fazer com ela, e sobre o porquê de você estar com raiva. Você pode até colar uma foto dessa pessoa e rabiscar a foto toda! Ou desenhar a pessoa morta. Ou desenhar a pessoa te pedindo desculpas. Enfim, as possibilidades são infinitas. A idéia é expressar no caderninho o que você sente e o que você gostaria. Sem medo.

- Quando você está confuso e ninguém entende o que você está dizendo - nem você - , você pode jogar as palavras no caderninho e fazer rabiscos.

- Quando você está feliz, você pode escrever o quanto você está feliz e o porque de você estar feliz.

- Você pode escrever poemas malucos nele, se quiser.

- Você pode escrever como seria o mundo perfeito ou a vida perfeita;

- Você pode escrever o que você deseja, ou expressar o que você deseja através de desenhos ou colagens.

- Você pode deixar suas lágrimas molharem o caderninho.

- Você pode fazer rabiscos e desenhos abstratos.

- Você pode fazer listas. Listas do que você gosta, do que não gosta, do que quer, do que te faz infeliz, do que você gosta em você mesmo, do que você não gosta em você mesmo, do que você poderia fazer para se sentir melhor, e até a lista do supermercado. O caderninho é seu. Você faz a lista que quiser.

- Você pode registrar os insights que você tem. Aliás, é algo extremamente útil, pois insights adoram se esconder da gente quando a gente para de falar neles.

- Você pode escrever as suas lembranças, se você quiser.

- Você pode contar para o caderninho qual foi a melhor parte do seu dia e qual foi a pior.

- Quando você precisa conversar e não tem ninguém que possa fazer isto com você naquele momento, você pode contar para o caderninho que não tem niguém para conversar com você.

O que você não deve fazer:

- Se sentir obrigado a escrever no caderninho;

- Aceitar que leiam ou escrevam no seu caderninho sem que você que você queira.

Trechos do meu caderninho:

"Me sinto patética por querer; por ter sempre que ser do meu jeito; porque isto é algo secundário. Piano não provê sustento. (Hamires Cristine - sobre cantar em uma banda)"

"Estou profundamente magoada (...) Eram situações confusas e ficava só um grande vazio. Eu não merecia ser negligenciada dessa forma, e minha dor e minha raiva  em relação a isso são legítimas e têm razão de ser. (Hamires Cristine - sobre a negligência do Helder com minha dor e meus processos)"

"Eu tenho um cinzeiro bonito. / Foi minha mãe quem me deu. / Meu cinzeiro é roxo, / Porque tudo o que minha mãe compra para o meu quarto é roxo, / assim também seria o cinzeiro. / E minha mãe compra tudo em roxo / porque ela sabe que eu gosto de roxo / e pretendia decorar meu quarto nesta cor. / Infelizmente, a escrivaninha é rosa. / Bem, ela foi um acidente. / Se minha mãe a tivesse comprado, seria tabaco, / porque minha mãe sabe que quero os móveis do meu quarto em tabaco e branco. / Minha mãe me ama, / e meu cinzeiro é roxo. (Hamires Cristine - sobre o cinzeiro roxo e o amor)".

Eu pretendo transcrever, em posts específicos, outras partes do meu caderninho, assim, ficará cada vez mais compreensível a idéia - e também é gostoso compartilhar, hihi. Alguns textos completos, outros, parcialmente, porque meu caderninho é meu refúgio e compartilhar é compartilhar o que eu me sinto à vontade para compartilhar, o que você se sente à vontade para compartilhar. O que você quer que fique no caderno, e só no caderno, não deve sair de lá.

Em que, exatamente, isso tem utilidade?

Eu acho muito útil ter um lugar (o caderninho) onde eu me sinto segura para ser quem eu sou, como eu sou, o que sinto, o que quero, sem vírgulas, sem entrelinhas, sem receios.

Mas a terapia não serve pra isso?

Serve, também. Mas você está vinte e quatro horas na terapia? O caderninho pode estar onde e quando você quiser.

Mas se o caderninho não me responde, não é como a terapia.

Ninguém disse que é. É uma terapia sim, mas uma terapia alternativa. Ele não responde porque ele é uma extensão de você. Escrevendo ou colocando coisas nele, você está conversando consigo mesmo. Se deixe falar. Se deixe ser. ;-)

E qual é a diferença entre ter um blog e escrever um caderninho?

Na real, não há muita diferença, se você não está escrevendo o blog para pessoas seguirem. A diferença é que o caderninho não é para ser lido por quem você não quer que leia. Mesmo que você tenha o respaldo do anonimato (eu tinha escrito anonimidade, que vergonha), sempre haverá, inconscientemente, uma escolha entre o que você quer que pessoas leiam e o que você não quer, assim, antes mesmo de você pensar em escrever, você já fez uma seleção entre o que pode sair daí e o que não deve. Sim, este processo, geralmente, no casos de autores anônimos, é inconsciente. O caderninho deixa um mínimo espaço para este processo, porque você sabe que ninguém lerá o que você não quer que seja lido, perdendo apenas para a expressão através do desenho e expressão corporal (desenho não é entendido pela sua mente como linguagem, logo, não há censura, porque ninguém entenderá mesmo), mas, como você também pode desenhar no caderninho, isto não é um problema.

Para quê escrever ou expressar o que eu não quero que seja visto?

Para responder a esta pergunta, há dois pontos-chave:

- Para descarregar. Sabe aquela sensação de ter um monte de coisas dentro de você querendo explodir? Quando você não as prende, é menos provável que elas transbordem, pois, se você as solta, em vez de transbordarem como um vulcão em erupção, ela fluem como o ar que entra e sai pelos seus pulmões.

- Para você ver. Os pensamentos e as emoções, enquanto pensamentos e emoções, são abstratos. Quando você os transforma em algo visual, você os torna concretos. E é extremamente mais simples entender e lidar com o concreto do que com o abstrato.

É isto. Qualquer dúvida, dá um grito.

Espero ter esclarecidos as questões que tenham ficado "no ar".

Um abraço cheiroso, e uma piscadela sorrida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Minhas pequenas Grandes Coisas

Oi, pessoalzinho!

Após certa ausência, tenho coisas importantes pra contar a vocês.

Esta semana, a coisa andou feia! Tive crises, quebrei coisas, gritei. Algo que me admirou bastante, aliás, foi a crise que tive quando estava na casa do meu namorado. Era madrugada, acho que ele estava dormindo. E acho que me senti abandonada. Sempre me sinto abandonada. Talvez seja TPM esta tempestade pela qual andei passando. Só sei que eu não conseguia nem pensar durante esta crise, eram só sensações e, por não conseguir pensar, eu também não conseguia falar. Eu ria, eu chorava, eu parecia drogada. Até que o Helder colocou a mão em meu rosto e suspeitou que eu estivesse com febre. E, sim, eu estava. Nada do outro mundo, apenas uma febre de 38 graus.

Não tive mais febre depois disto. A explicação é: a atividade no meu cérebro estava extremamente mais intensa do que o "usual", demandando mais oxigênio, que é transportado através da circulação sanguínea, que, então, aumentou e, enfim, elevou a temperatura do meu corpo.

Mas isto são apenas hipóteses. Possíveis e bem prováveis, mas ainda hipóteses.

Esta não é a questão. A questão é que minha semana foi cheia destas coisas, e eu cada vez mais retraída, pensando que nada poderia me ajudar. Eu estava até começando a pensar que fosse um erro escrever neste blog.

Até que meu namorado precisou sentar ao meu computador para fazer um trabalho da faculdade (a esta altura, já estávamos em minha casa, e isto aconteceu nesta madrugada). Eu não podia me sentir só, abandonada. Sabia que isto poderia acontecer, então, me antecipei: dispus meu material de desenho sobre aquela mesinha branca e pensei em começar a desenhar.

No dia em que comprei o material para esta atividade, também trouxe para casa um caderninho, que eu não sabia qual utilidade teria.

Bem, eu descobri, e - puxa(!) - tem uma utilidade maravilhosa!

Primeiro, escrevi meu nominho na página de dados pessoais. Depois, fiz isto na página seguinte:


Não sei se está legível, mas o que está escrito é: "Caderninho da Hamires . Minhas pequenas Grandes Coisas".

Mesmo depois de fazer este desenho, eu ainda não sabia o que eu escreveria. 

Acontece que, durante uma conversa com o Helder, eu precisei organizar meus pensamentos através da escrita - meio pelo qual já é de meu conhecimento que consigo organizar melhor do que falando, e que uso, inclusive, na psicoterapia, quando não estou conseguindo me expressar. Sabe essa coisa de "jogar as palavras"? Daí, organizo visualmente, colocando-as em colunas, fazendo relações entre elas, estas coisas.

Escrevi na próxima página do caderno. Então, descobri para quê serve o caderninho.

Bombardeei o coitado! Só nesta madrugada, foram cinco expressões diferentes. Consegui ter insights, e pensar em formas de me organizar. Consegui reavivar minha esperança, ou melhor, acho que, agora, eu realmente acredito que posso sair dessa!

Acho que é de conhecimento geral que o ego de um border não se desenvolveu sadiamente, sendo confuso, encolhido num canto qualquer da mente, reprimido pela batalha entre o superego e o id, em vez de mediá-la e se beneficiar dela.

Pois, muito bem. De repente, eu entendi - de repente, não, pois houve todo um processo de associação, compreensão e desenvolvimento da própria compreensão, mas, 'whatever...' - que toda vez que jogo uma conquista minha no lixo, uma iniciativa minha no lixo, uma felicidade minha no lixo, ou mesmo minha raiva, minha tristeza, meus desejos, sempre pensando em 'onde determinado sentimento pode levar', pois: minha felicidade não anula minha dor, então ela é descartável; minhas conquistas não anulam minhas derrotas, portanto, de nada servem; minha raiva vai gerar atrito, o que vai me deixar vulnerável à introsão do outro no meu 'eu', então seu lugar é o lixo; entre outros funcionamentos meus, todas estas vezes, estou jogando a Hamires no lixo, arrancando um pedacinho meu, mantendo o buraco aberto, a ferida doendo, sem nunca cicatrizar.

A dor é o que resta quando se tira tudo o que poderia começar a formar o "todo" almejado, o ego, o self sadio, ausência pela qual sofro e me lamento.

Cheguei à conclusão de que, através desta pequena e simples ação, posso ter um porto seguro, onde eu posso ser eu mesma, sem me preocupar com o que pensarão, com  o que falarão, se é certo ou errado, se é válido ou não - claro que é válido(!), é meu(!), eu sou alguém(!) -, e assim permitir que, enfim, meu ego se desenvolva e eu deixe de ser uma pessoa pela metade.

Há mais coisas que gostaria de contar sobre esta madrugada e sobre o que o caderninho já me trouxe, mas fica para a próxima.

Um abraço carinhoso em todos, e beijinhos nas mãos das donzelas.

Cante!


Cante (Versão Glee)

Cante
Garoto, você tem que ver o que o amanhã traz
Cante
Garota, você tem que ser o que o amanhã precisa
Por cada vez que quiserem te excluir
Use sua voz cada vez que abrir a sua boca

Cante pelos garotos
Cante pelas garotas
Cada vez que perder cante pelo mundo
Cante de coração
Cante até enlouquecer
Cante por aqueles que irão te odiar
Cante pelos surdos
Cante pelos cegos
Cante sobre todos que você deixou pra trás
Cante pelo mundo
Cante pelo mundo

Cante, garoto, eles irão vender o que o amanhã significa
Cante, garota, eles matarão oque o amanha traz
Você tem que fazer uma escolha
Se a música te afugenta
E eleve sua voz
Cada vez que eles tentarem calar a sua boca

Cante pelos garotos
Cante pelas garotas
Cada vez que perder cante pelo mundo
Cante de coração
Cante até enlouquecer
Cante por aqueles que irão te odiar
Cante pelos surdos
Cante pelos cegos
Cante sobre todos que você deixou pra trás
Cante pelo mundo
Cante pelo mundo

Limpo, progresso de corporação
Morrendo no processo
Crianças que podem falar sobre isso, vivem nas teias
Pessoas se movendo para os lados
Venda até seus últimos dias
Compre para si uma motivação, geração
Nada, nada além de uma cena morta
Produto de sonho branco
Eu não sou o cantor que você queria
Mas sim um dançarino
Me recuso a responder
Falar sobre o passado, senhor
Escrevi isso para aqueles que querem ir embora.

Continue correndo!

Cante pelos garotos
Cante pelas garotas
Cada vez que perder cante pelo mundo
Cante de coração
Cante até enlouquecer
Cante por aqueles que irão te odiar
Cante pelos surdos
Cante pelos cegos
Cante sobre todos que você deixou pra trás
Cante pelo mundo
Cante pelo mundo

Você tem que ver o que o amanhã traz
Cante pelo mundo
Cante pelo mundo
Garota você precisa ser o que o amanhã precisa
Cante pelo mundo
Cante pelo mundo

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Amor-Próprio

"Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável ...
pessoas, amores, coisas, tarefas...
tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama amor-próprio."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Onde está a Felicidade?


Quando escolhi ser domador de mim mesmo, decidi deixar para trás as coisas banguelas e amigos-postiços que só fazem espaço na minha bagagem. Falei palavras duras que doeram ao sair de mim e estou tão bem que não consigo imaginar-me vivendo todas aquelas fantasias fúteis outra vez.

Momentos vem, em que penso em pedir perdão pelo que eu sofri e rastejar-me aos pés de quem me usou. Mas penso no amor que dei e nas palavras e nos momentos da vida que nunca voltarão. As lágrimas que chorei tão sofridas e nem sei mesmo seu nome. Esqueci datas de aniversário, fotos, lembranças. Sou outro, outra vez. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Meu Cãopanheiro

Uma das minhas maiores felicidades é o meu companheiro Bolotta.
Sexta-feira passada ele ganhou todo o meu respeito (se já não o tinha) ao realizar um feito por si só que considero excepcional!

Confiram em dois vídeos, um filmado no almoço e outro no jantar.



Apresentando-se...

Eu nunca fui 'boa' pra falar de mim.
Por isso sei que essa apresentação vai ficar uma caca rsrsrs
Seja como for, não dá pra fugir...

Eu sou professora, dou aula de inglês em uma escola de idiomas.
Faço isso há quase 12 anos.
Gosto demais do meu trabalho!
Também trabalho com tradução, o que amo demais!

Eu sou recém-separada. Fui casada por 7 anos. Ele é egípcio.
Nos conhecemos na Internete em 2002 e nos casamos em 2004. Nos separamos há 3 meses. A crise dos 7 anos, talvez?
Mais o desgaste das minhas crises.

Minhas crises diminuiram bastante depois dos 30 anos (tenho 34).
Foram mais de 10 anos com um diagnóstico errado =/
E muitos medicamentos tarja preta que não serviram para nada.
Hoje meu médico só tem acertado no tratamento.
Nenhum dos medicamentos que tomo hoje é tarja preta.

Tenho um cão misto labrador com golden retriever que é minha paixão.
Companheiro de todas as horas.
Minha vida emocional melhorou muito desde a chegada dele.

Quando meu marido quis a separação, eu achei que fosse morrer. Não achei que fosse sobreviver. Não mesmo!
Não apenas eu não queria, eu realmente achava que era incapaz de viver por mim só.
Bom, acontece que felizmente as coisas nem sempre são como a gente imagina.

Sem me dar conta, eu me vi dando a volta por cima.
E me agarrei ao pensamento positivo de que sou capaz, sim.
Fiquei semeando o pensamento, dia após dia.
Naturalmente que o tratamento também desempenha um papel importante nesse quadro todo.
Mas o que começou a mudar a direção da minha vida mesmo, foi o pensamento que comecei a cultivar diariamente.

Acho que é isso, por enquanto
Até a próxima
Wally

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Respondendo ao comentário de Miah


Parabéns pelo Blog de vocês!
Vocês me fizeram muito bem hoje, logo hoje que a dor sucumbe as palavras.Não estou pra quase nada agora, mas saber que alguém ainda que longe pode entender um pouquinho de mim e poder compartilhar, já parece uma luz. Que vocês possam continuar ajundando muitas outras pessoas como nós.
Beijos em todos.
Miah

Comentário deixado na página Sobre o blog, em 16 de setembro de 2011.

Miah, querida, me alegra infinitamente saber que te fizemos bem. É para isso que estamos aqui, certo? Para o bem. A vida de um border já é cheia de angústias, frustrações. Um lugar onde se possa comemorar as conquistas, o lado bom da vida de um border, que é tão difícil de perceber, mas está lá, em algum lugar, gritando "Ei, olha pra mim! Olha pra mim!", este lugar é indispensável!

Pode ter certeza, Miah, que aqui choraremos contigo as tuas angústias, xingaremos contigo às pessoas que te fizerem mal, e pularemos contigo de alegria quando você nos trouxer notícias boas. Quando você nos falar de tuas conquistas.

O espaço se divide em autores e leitores, certo? Errado. Somos uma comunidade, um grupo de amigos. Todos aqui têm voz. Sempre que quiser contar algo a alguém, sinta-se à inteira vontade para compartilhar conosco. Receberemos e vibraremos.

Obrigada por compartilhar o teu momento.

Um abraço cheio de carinho pra ti. =)

Hamires Cristine

Bolo de cenoura com cobertura de dèjá vu

Eu tive um sonho, vou te contar:
Eu me atirava do oitavo andar,
E era preciso fechar os olhos
Pra não morrer e não me machucar

É o que devemos fazer.
Não temos que ter medo.
É o que devemos fazer.

Eu tive um sonho,
Muitos soldados me procuravam dentro do meu prédio,
E era preciso voar pelas escadas
Pra não deixar que eles chegassem perto.

É o que devemos fazer.
Não temos que ter medo.
É o que devemos fazer.

Não deixe de cruzar o seu olhar com o meu.
Eu vou jogar meu corpo em cima do seu.
Não deixe de cruzar o seu olhar com o meu.
Eu vou jogar meu corpo em cima, em cima do seu



É isto o que eu queria dizer, mas não sei bem o motivo.

Esta noite, fui dormir por volta da uma hora da manhã. Acordei, espontaneamente, às cinco, quase como se tivesse dormido a noite inteira.
Tive um sonho estranho. Nele, havia meu pai, minha mãe, uma estação de metrô ou talvez um terminal de ônibus - não sei identificar -, uma bolsa esquecida em um dos bancos do lugar que teria ficado lá por dias sem que ninguém pegasse ou permitisse que quem quer que fosse - a não ser o dono - a recolhesse. Ao telefone, meu pai me disse algo que me instigou a lhe sugerir uma psicoterapia.

- Eu fui para a prisão por causa de um (não me lembro como ele chamou ao cidadão) e não pude fazer nada! Eu fui criado para a luta!

Isto foi o que meu pai me disse no sonho. Mas isto realmente não importa.
Além disto, em um outro momento do sonho, havia uma espécie de sítio, e, lá, meu namorado estava comigo, mas também não tenho certeza de que era meu atual namorado. É confuso, como a maior parte dos sonhos - apesar de eu costumar lembrar dos meus sonhos com riqueza de detalhes, no momento em que acordo; esqueço conforme os minutos e horas se passam, de fato, mas sou capaz de me lembrar em outro momento do dia, se, imediatamente ao acordar, fizer uma revisão em voz alta do sonho.

Levantei-me, fui ao banheiro.  Depois, à cozinha, comer um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate (gostooooooosooooo *.*). Antes que eu abrisse o forno para apanhar um pedaço de bolo, abri a geladeira e, neste momento, tive um estranho déjà vu: foi como se, pela terceira vez, exatamente, eu tivesse aberto a porta da geladeira, no mesmo instante da minha vida, olhando para o mesmo pacote de azeitonas e pensando na mesma coisa em que estava pensando. Tive medo que, a partir dalí, eu vivesse a minha vida toda, ou parte dela, novamente.

Dèjá vu's assim acontecem o tempo todo comigo, mas quem não os tem? Talvez a única diferença esteja na maneira que sinto isto. Intensidade é a palavra. Meus sonhos são vívidos, a repercussão deles em minha emoção é avassaladora, e meus dèjá vu's são amplificados, verdadeiras fantasias, vívidas, como a maior parte das minhas fantasias.

Estas coisas não são difíceis de lidar. Estas coisas são lindas! Exceto, claro, quando tenho a sensação de que estou vivendo uma lembrança da minha vida e não minha vida propriamente, ou quando começo a fantasiar involuntariamente, durante horas, com um mundo caótico e assustador repleto de figuras distorcidas e abismos. Mas, fazer o quê? Esta é minha vida e merece ser vivida com orgulho e dedicação, estou enganada?
Um grande abraço a todos, acompanhado por um beijo sabor cenoura com chocolate.

Até a próxima.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Borderline - Nathan Rodrigues

Acho que devo, antes de tudo, me apresentar. Me chamo Nathan Rodrigues da Silveira Murizine Branco. De nome artístico, Nathan Rodrigues. Ou simplesmente, Na, para os íntimos. Tenho 18 anos (quase 19), atualmente resido em Niterói, Rio de Janeiro - cidade onde nasci e amo perdidamente. Faço Letras, Português - Grego (sim, eu falo Grego!) na UERJ. Não tenho "religião", mas sim uma fé em Jesus Cristo e frequento a Igreja Batista do Barreto onde faço parte do teatro, minha outra paixão. Adoro ler romances, assistir filmes e documentários, ouvir mpb e o som da chuva batendo na janela.

Descobri que sou Borderline após sofrer de uma crise. Sempre fui muito fechado e tenho poucos amigos (algumas falsidades também). Eu me apaixonei por uma pessoa muito próxima a mim. Construí um altar e a estátua que coloqueim em cima dele se quebrou. Isso já aconteceu várias vezes. Uma dor no peito, uma angústia me toma e eu não consigo pensar em mais nada. Umas besteiras que se misturam com a vida real e é só. Eu não posso controlar os meus sentimentos. Vivo no limite entre a felicidade e a ilusão.

Depois de procurar pelos meus sintomas na bula de um remédio "tarja preta", encontrei pela primeira vez o nome Borderline. A partir daí foram pesquisas seguidas de respostas e encontrei o Reflexões Borderline - o Blog da Wally (que também escreve aqui). Naquele momento eu descobri que não estou sozinho. Entendi que vou passar o resto da minha vida à procura da felicidade. Hoje não tenho vergonha de dizer: Não dou doente, sou Borderline. Sou ser humano como qualquer outro. E não importa o que digam, pois ninguém entra no meu corpo para sentir o que eu sinto, chorar as minhas lágrimas e muito menos reunir forças para seguir em frente como eu faço diáriamente.

Espero ganhar muitos outros amigos na comunidade Borderline e que possamos compartilhar nossas emoções limítrofes aqui.

Um grande abraço,
Nathan Rodrigues.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Hamires Cristine - Post de apresentação

Olá.

Meu nome é Hamires Cristine, tenho, hoje, 20 anos, a se tornarem 21 dentro de catorze dias, e tenho Transtorno de Personalidade Borderline, diagnosticado há cerca de quatro anos.

Prossigo em tratamento psiquiátrico e psicoterápico, e pananans. Mas não quero falar da patologia. Quero falar de quem eu sou, independente de ser um aspecto border ou não.

Eu sou intensa. Eu gosto de artes, de conversas profundas (mas não de discussões. Odeio discussões!) e de coisas bonitas. E eu odeio grosseria!!! Simplesmente odeio!

Preencho meu tempo escrevendo, lendo, pensando - muito! - ouvindo música, às vezes, e prefiro ouvir rádio a colocar um CD ou uma playlist. As estações que mais gosto de ouvir são a Nova Brasil, a Alpha, a Cultura e a Kiss.

Eu tenho um namorado. Pretendo me casar com ele.

Sou de poucos amigos. E sou a pessoa mais sumida das Américas!

Blogs? Adoro!

Junto à Wally, idealizei este blog.

Compartilharei aqui um pouco do meu dia-a-dia lindamente patético. =)

Pra concluir a apresentação e deixar minhas boas-vindas, segue uma musiquinha de algo que eu quero lhes dizer. =)

P.S.: Ative as legendas, passando o mouse (isto foi corrigido. Eu tinha escrito "mause", kkkk) sobre CC no player, clicando em "Traduzir legendas" e escolhendo, então, o idioma.





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