Olá. =)
Hoje, pensei em falar um pouco sobre algo que me aflige, e talvez aflija a ti, ou já tenha afligido, seja você uma pessoa com TPB ou não.
Eu insisto em desistir!
A primeira coisa que me lembro de ter desistido foi um curso de web design que iniciei em 2006 - talvez, tenha sido 2005, mas não estou certa. Depois, saí do colégio. Eu estava cursando o primeiro ano do ensino médio. Tentei por mais dois anos, mas o ciclo se repetiu. Eu entrava feliz, animada, crente de que naquele ano seria diferente, e não voltava depois das férias de julho.
Desisti de um curso de manicure. Desisti de vários blogs. Desisti da academia. Desisti. Desisti.
Fora todos os planos que nunca se tornaram ações.
Grande parte das minhas fugas se devem à extrema ansiedade que me acomete quando começo a frequentar um determinado local, onde há pessoas, e essas pessoas me olham e, dentro da minha cabeça, me julgam e condenam. Outra parte se deve a um certo déficit de motivação. Outras, eu simplesmente enjôo, ou não acredito que dará certo.
Expectativas! São as expectativas de que pessoas estarão lá ou de que pessoas esperarão coisas de mim. E são também as lembranças. Parece que, cada vez que desisto de algo, aquilo é registrado na minha mente como um motivo para não tentar fazer mais nada, porque não dará certo, seja por um ou por outro motivo.
Eu gostaria de reverter isso, mas não sei muito bem como. Meu plano inicial é deixar para quando eu estiver um pouco mais madura as situações onde corro o risco de ter crises de ansiedade social, e, por agora, iniciar atividade que me tragam prazer e não me exponham socialmente, de forma disciplinada e assídua, como estudar desenho e música, através da internet e de livros que eu empreste em bibliotecas.
Outra coisa, que minha psicóloga até tinha me sugerido, é eu me comprometer a sentar todos os dias para escrever, já que é algo que eu gosto e pretendo ter como profissão algum dia. Mesmo que eu não consiga escrever nada, que eu me sente em frente ao computador e dedique meia hora a isso, todos os dias.
Às vezes me sinto patética por ter que percorrer estes caminhos dessa forma, como se eu fosse uma criança, mas, quando eu analiso todas as possibilidades, amparada por tudo o que já conheço sobre meus processos, vejo que não há outra forma. Preciso dar esses passos de formiguinha para, um dia, conseguir lidar com as situações como um adulto geralmente consegue.
Preciso me aceitar, me amar e seguir meu próprio ritmo. Preciso acreditar em mim. Espero conseguir ao menos isso. Acho que o restante se desenvolve com o tempo. Até lá, eu preciso ao menos parar de desistir de mim.
Sabe, eu tenho um problema pior do que desistir... é não começar.
ResponderExcluirEu me acomodo e não vou atrás.
Não tento, não tomo a iniciativa...
E isso vai desde a saúde até lazer.
Sério... muito sério.
Uma batalha que travo diariamente...
bjos minha flor de maracujá!!
Nossa, Wally. Pior que eu também não começo muita coisa! Desde a saúde até lazer²
ResponderExcluirQue coisa triste... =/
oi hamires,
ResponderExcluirexatamente como vc ... ou começo e desisto ou nem começo ...
difícil mesmo :(
cansa ser border ... como cansa
beijos
maria roberta
É muito cansativo. É necessário exercitar essa motivação. Pensar nas dificuldades para encontrar caminhos. O que você quer fazer? Por que você quer fazer? Para que você quer fazer? Como você pode fazer? O que pode dar errado? Por que pode dar errado? O que eu temo realmente na possibilidade de dar errado?
ExcluirO autoquestionamento é sempre o melhor caminho, acredito eu.
Um abraço carinhoso, e saiba que está acolhida aqui, minha flor.
Realmente é isso que sinto hoje: um cansaço tremendo de ficar planejando mil coisas e não executar nenhuma... ou achar que ficar sem fazer nada é o mais comodo e tranquilo... ai a mente vem a tona cobrando tudo que eu queria fazer... ai como é dificil ser Border...
ResponderExcluirSer border é difícil. Aprender a ser feliz sendo border é ainda mais! E é assustador! Por mais que tudo o que se quer na vida é ser feliz. E pra ser feliz é necessario muita, muita coragem!
ExcluirUm abraço bem apertado pra ti, daqueles que quase quebra as costelas e faz a gente se sentir querido, e, dependendo do nosso estado de espirito, as veze cai uma lagrima.